Entrevista com GUILHERME ANTONIOLI (Anaxes)

Entrevistaconcedida por Guilherme Antonioli através de E-mail. Grande personalidade do metal caxiense que vem se destacando no cenário nacional com sua banda Anaxes. Confira a entrevista e fique por dentro das novidades.

HEAVYNROLL - Tudo bem Guilherme? Queremos agradecer por ter aceitado o convite desta entrevista do qual, para nós, será uma honra. Nos conte um pouco da história da banda e como se conheceram, como começou...

GUILHERME - Primeiramente, a honra é minha! Acompanhei várias notícias e entrevistas da Heavynroll, fico muito feliz de participar de uma. Eu conhecia o Thiago (Caurio, baterista) de outra banda onde tocávamos juntos, que por sua vez conhecia o Bruno (Pinheiro Macha do, guitarrista), e então me convidaram para formar uma banda para tocar covers de bandas de ProgMetal. Mais tarde, surgiu a idéia de fazer músicas próprias,  e foi aí que surgiu o Anaxes, por volta de 2003, como uma banda instrumental. Depois de um tempo entrou o Cássio (Vianna, teclados e guitarra), que na época ia ser o baixista, mas saiu logo em seguida. Foram várias formações até que o Benhur (Vieira Lima, Baixo) entrasse na banda e Cássio retornasse .Essa formação está bem consolidada há entrosamento e segurança uns com os outros, tanto musicalmente como pessoalmente. E é a coisa que mais me agrada fazer hoje em dia, "respirar" Anaxes.

HEAVYNROLL – Anaxes.. o que significa esse nome? Algumas pesquisas sujerem uma estrela, ou planeta futurista habitada... Do que se trata quem teve a idéia do nome?

GUILHERME - O Bruno e eu somos grandes fãs de Star Wars. Estávamos precisando de um nome e eu pesquisei muito ate achar Anaxes, que é o nome de um planeta do universo Star Wars, tido como um dos planetas de maior prosperidade da galáxia. O nome era legal, sonoro, fácil de memorizar e falar, tanto em Inglês como Português. O Bruno adorou na hora! Porém havia um problema... o Thiago não ia aceitar! (risos) Então contei para ele que Anaxes era o nome de um novo planeta idêntico à Terra, na galáxia Z beta 37 (que por sinal, nem ao menos existe). Ele achou muito legal e aceitou. Ficou sabendo a verdade uns 6 meses depois, ao ler uma entrevista minha para um site. Mas ele levou na boa, gosta bastante do nome, é um grande cara.

HEAVYNROLL – Estão para lançar o seu primeiro CD oficial financiado pelo projeto do Fundo PróCultura. Um sonho realizado, o começo de uma história duradoura?

GUILHERME - Ambos! Um sonho realizado e certamente o começo de uma história duradoura. Todos estão muito concentrados e com metas em mente, queremos fazer dessa banda o trabalho de nossas vidas. A prefeitura de Caxias do Sul nos deu essa grande oportunidade para começar, o Fundo PróCultura, que nos permitiu gravar nosso primeiro álbum oficial, "Antithesis". O álbum terá 9 faixas, com músicas que certamente vão surpreender, pois são frutos de 5 pesso as diferentes que não mediram esforços para fazer o melhor possível. Muitos sacrifícios foram feitos em prol desse álbum, da parte de todos sem exceção, portanto foi tudo muito pensado e feito com orgulho! Posso garantir várias surpresas nesse cd.

HEAVYNROLL – Como prévia deste lançamento a banda abriu para nada mais, nada menos que o lendário Symphony X. Como foi a receptividade do público? Segundo o que lemos nas comunidades especializadas, as críticas foram as melhores, inclusive denominando-os como a segunda melhor banda da noite. Emoção? Prontos para o reconhecimento nacional?

GUILHERME - O que aconteceu nesse show foi algo inexplicável. Todo mundo está careca de saber que banda de abertura não tem vez. Só quando é uma banda de médio porte abrindo para uma grande, o que não foi nosso caso. Somos uma banda relativamente pequena, com fãs fiéis, mas ainda desconhecida. O que esperávamos do nosso show era simplesmente tocar bem as nossas músicas e conseguir arrancar alguns aplausos da galera. Porém, inexplicavelmente, o público agitou muito, vibrou, pediu bis, cantou as músicas (de um cd que nem foi lançado ainda). O show foi muito além das expectativas de todos nós, foi algo realmente memorável. De quebra, conhecemos o Symphony X, tive oportunidade de conversar com o Russell Allen, que é um mestre nos vocais e um cara humilde e muito receptivo. Ele foi muito legal comigo, foi uma grande honra conversar com ele. Gostaria de deixar meu mais profundo "muito obrigado" às pessoas que estavam no show e nos deram aquela recepção maravilhosa que foi o 21 de Outubro de 2008. Valeu mesmo galera!

HEAVYNROLL - Vídeos do show em Porto Alegre:

Part 1

http://www.youtube.com/watch?v=9pVZRUm2baI

Part 2 

http://www.youtube.com/watch?v=gghaK92ikns

Part 3

http://www.youtube.com/watch?v=7FZnG8_VXXo

HEAVYNROLL – Após o Debut, existe algum planejamento de lançamento em nível nacional, como turnês? Algum evento próximo já agendado?

GUILHERME - Não temos nada agendado, mas muita coisa está engatilhada. Com a maravilhosa internet, a comunicação ficou muito mais fácil e estamos em contato com gente de nome no mercado mundial. Atualmente estamos concentrados no CD, exclusivamente, mas em breve faremos shows de lançamento e outras surpresas.

HEAVYNROLL – Além do Anaxes, os integrantes exercem outras atividades relacionadas a música? Bandas paralelas?

GUILHERME - Todos tem outros projetos, sejam acústicos, outras bandas e etc... Fora eu, todos são professores de música. É legal, profissionalmente, ter contato com outros estilos, acredito que o músico cresça cada vez mais com isso. Teve uma época que só o Benhur e o Thiago estavam em umas 12 bandas diferentes, e acredito que isso sempre vai acontecer, pois hoje em dia, mesmo morando do outro lado do mundo, é possível ter uma banda à distância. Eu moro aproximadamente 50 Km do resto da banda, logo não podia estar lá sempre para ensaiar, compor etc. Muito foi feito por intermédio da internet e muito ainda vai ser feito dessa maneira.

HEAVYNROLL – As letras do álbum serão conceituais, temáticos ou de assuntos diversos? Qual será o foco da banda, a quem pensam chamar atenção, ou a reflexão?

GUILHERME - O tema do cd é algo secreto! (risos). A única coisa que posso dizer é que ele será ao mesmo tempo conceitual e não conceitual. Parece estranho, mas é verdade! (risos). As letras e a temática das músicas foram coisas que exigiram bastante, há músicas que envolveram muito sentimento, outras foram pensadas e repensadas. Tentamos fazer algo que agradasse o nosso gosto e que as pessoas de fora da banda também gostassem. Eu tenho uma tia de 83 anos que adora a banda! (risos). O que da pra adiantar é que o nome do álbum (Antithesis) é uma figuria de linguagem que expressa opinião oposta. O resto é para a galera descobrir sozinha mesmo! (risos)

HEAVYNROLL - Como você vê o cenário da música Caxiense? A união entre músicos existe ou precisa ser estimulada? (Dê sua opinião sincera) Você é de Bento Gonçalves não é? Fale um pouco da música na sua cidade.

GUILHERME - Acredito que o cenário caxiense está repleto de ótimos músicos, é o lugar onde mais tem gente talentosa por metro quadrado que eu conheço. Há união e há desunião também, mas isso varia de pessoa para pessoa. Tenho ótimos amigos no meio musical em Caxias do Sul, gente que vale ser lembrada pelo grande talento, como o Marco Paim. Algumas pessoas já não se encaixam nessas definições, mas não da para generalizar. Em Bento Gonçalves a situação é a mesma. Por ser menor, a coisa é mais centralizada e focada, mas conheço músicos que se apoiam e músicos egocentristas. Também não da para generalizar.

HEAVYNROLL – Com a crise fonográfica de hoje, esse incentivo do governo é uma mão na roda. Mas não há, por parte da banda, um temor quanto ao download deliberado de seu álbum? Como você vê essa situação de hoje, onde há milhares de bandas no mercado e opções de download, antes mesmo do lançamento do álbum propriamente dito?

GUILHERME - Nós temos um grande temor em relação ao download. Tememos que as pessoas NÃO baixem nossas músicas! Nós não temos gravadora, nosso álbum é totalmente independente, logo queremos que as pessoas conheçam e apreciem nosso trabalho, portanto, baixem à vontade! (risos). A não ser que assinemos com alguma gravadora, dai a coisa muda! (risos).

HEAVYNROLL – Deixe um recado pra galera, um alô do Anaxes!

GUILHERME - Ai galera, quem ainda não conhece nosso trabalho, acesse www.myspace.com/anaxesprog . Esperamos muito rodar o mundo fazendo shows, tenho certeza que seria muito divertido e recompensador mostrar nosso som em outros ares, portanto, mostre nosso som para seus amigos, quem sabe não aparecemos na sua cidade? Um abração para todos que ouvem e apoiam o Anaxes, pricipalmente para nossos fãs mais fiéis em Caxias do Sul, Bento Gonçalves, São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Maryland e Dublin! Nós ainda vamos fazer um tour por todos esses lugares!

 

Segundo o Guilherme, quais os 10 melhores álbuns da história, cite em ordem os que mudaram sua vida!

Fear of The Dark - Iron Maiden

High Live - Helloween

Scenes from a Memory - Dream Theater

The Divine Wings of Tragedy - Symphony X

The Odyssey - Symphony X

Avantasia pt I - Avantasia

Flight of the Migrator - Ayreon

Masterplan - Masterplan

For the Love of the Art and the Making - Beyond Twilight

Balls to Picasso - Bruce Dickinson

 

Como você é vocalista, indique as suas 5 maiores influências:

Bruce Dickinson - Iron Maiden / Bruce Dickinson

Jorn Lande - Avantasia / Jorn Lande / ex-Masterplan

Russell Allen - Symphony X

Glenn Hughes - Glenn Hughes / ex-Deep Purple

James LaBrie - Dream Theater

Não necessariamente nessa ordem! Na verdade haveria muitos outros a serem citados, mas no geral esses 5 foram os que mais me fizeram mudar meu jeito de cantar ao longo dos anos.

Para conhecer mais dessa incrivel banda e desse exelente vocalista, visite o myspace da banda

http://www.myspace.com/anaxesprog