01/08/2010

Entrevista com RODRIGO CAMPAGNOLO (Exit11)

No próximo dia 07 de Agosto (2010) a banda EXIT11 estará lançando seu segundo álbum intitulado "All Exits Are Closed" no Vagão bar. Para falar um pouco sobre este novo trabalho fizemos uma entrevistas com o guitarrista, vocalista, mentor da banda e com certeza um dos ícones da música Caxiense Rodrigo Capagnolo.

HEAVYNROLL – Tudo bem Campagnolo? Enfim o segundo filho! Depois do excelente "Just Inside My Head?" em 2004 a banda demorou um pouco para lançar um segundo material, que como o primeiro, será de forma totalmente independente, ou seja, financiado pela própria banda. Este é o real motivo? E o Financiarte teve alguma “culpa” nisso?

CAMPAGNOLO - Sim, o real motivo de lançar o cd somente agora, é a questão financeira. O cd estava pronto desde início de 2009. Ele foi inscrito, na época, no equivalente ao Financiarte, que era o Fundoprocultura, porém, apesar de te obtido três indicações positivas para aprovação, o projeto não foi contemplado. Se a culpa foi de alguém, essa pessoa não atua mais perante o atual Financiarte, portanto isso não tem mais importância.

HEAVYNROLL – No primeiro trabalho a banda contava com Douglas Carbonera (ex-Fire Symphony) nos vocais e neste segundo você está atacando os microfones, coisa que já vinha fazendo no Eletric Blues Explosion. O Benhur Lima (Hibria) foi o vocalista por um tempo também, por que se deu esta transição e como está sendo para você?

CAMPAGNOLO - Basicamente por dois motivos: primeiro que eu não acho legal pra banda trocas constantes de vocalista (eu não sou o Malmsteen!) e segundo que, hoje em dia os músicos tocam com tantas bandas que acaba dificultando de se criar uma identidade. Tanto o Douglas quanto o Benhur cantam em outras bandas e possuem estilos bem distintos e marcantes. E eu queria que a EXIT11 tivesse um estilo próprio de vocal, não encontrado em nenhuma outra banda. Como eu já venho cantando com a Electric Blues Explosion desde a sua formação, me senti seguro para dar esse passo. Sem mencionar que sou mais bonito que eles (!)



HEAVYNROLL – Além do álbum “All Exits Are Closed” a banda estará lançando também o vídeo clipe da música “Get Ready To Rock” gravado nas dependências do Vagão Bar que, diga-se de passagem, ficou formidável, vocês conseguiram trazer bem o clima rocker que a música pede; garotas, cerveja e muito som pesado! Como foi esta experiência de ser ator por um dia?

CAMPAGNOLO - Dois dias na verdade, hehehe. Foi muito legal participar de todo o processo do clipe. Ele é um trabalho de um grupo de alunos da cadeira de Produção Audiovisual da UCS. Eu participei desde a criação do roteiro até o último segundo da edição e a experiência foi ótima. Cansativa, mas muito gratificante. E claro, as gravações foram muito engraçadas, a gente se divertiu muito e o resultado foi muito satisfatório. Agora espero uma ponta na Malhação... mas já aviso que não pousarei nu (!)

HEAVYNROLL – E falando de sonoridade, “Get Ready to Rock” é bem rock n ´metal, já “All Exits Are Closed” soa muito mais moderna, sombria e experimental, bem diferente do som cru do primeiro álbum. Como vai ser este segundo trabalho em termos musicais?

CAMPAGNOLO - A sonoridade está diretamente relacionada com o conteúdo das letras, que por sua vez, retratam experiências vividas por mim nos últimos anos e pontos de vista sobre o que acontece ao meu redor. Aproveitei pra exorcizar vários demônios nesse disco. Ele está mais rock e mais pesado do que o primeiro, muito mais homogêneo e direcionado.

HEAVYNROLL – No “Just Inside My Head?” tiveram a participação dos vocalistas Marco Paim (Enemywork / The True Meaning of Life) e Niuton Paganella (Hammer 67 / Pantera Cover) nas músicas “Sabotage” e “Too Short to Waste” respectivamente. Neste segundo álbum teremos alguma surpresa ou participação?

CAMPAGNOLO - As “surpresas” estão nas letras... A única participação foi o Graziano Anzolin (Hardrockers) que gravou o piano na música “Before I Reach the Fall”.

HEAVYNROLL – De onde veio o nome EXIT 11?

CAMPAGNOLO - From inside my head....

HEAVYNROLL – Você é um guitarrista muito experiente, um dos primeiros em Caxias que levou as 6 cordas ao nível do virtuosismo com a Demo “Catch me... If you can” nos anos 90, onde teve ótima aceitação da crítica especializada. Tocou com bandas de nome como a Bandida, entre outras. Conte um pouco da sua história Rodrigo.

CAMPAGNOLO - Eu comecei a estudar guitarra com 15 anos e alguns anos depois quando comecei a atuar profissionalmente ainda bem jovem, tive a sorte de poder tocar com músicos mais experientes que eu. Bandas como a Bandida e a Lucille contribuíram para meu amadurecimento musical e profissional, e geraram boas oportunidades para minha carreira à nível regional. Mas foi com meus próprios projetos que a coisa começou a tomar uma proporção um pouco maior. O primeiro disco da EXIT11 e o meu disco instrumental renderam entrevistas e aparições nas revistas Guitar Player, Rock Brigade, Roadie Crew e vários sites daqui e do exterior. Fui até chamado de “Zakk Wylde brasileiro” pela revista Cover Guitarra. Tudo fruto de muito estudo, dedicação e paixão pela música.

HEAVYNROLL - Olhando este cenário que vivemos hoje em dia na nossa cidade, qual é a impressão que fica? Qual sua opinião do momento rock de Caxias e do Brasil?

CAMPAGNOLO - A impressão é péssima. O momento rock em Caxias é lamentável. Não pelas bandas, não pelo público, mas pelos bares. Não dá nem pra dizer que são poucos pois só tem um, porra!! E infelizmente ele não é só de rock. Tem público e bandas para todos os estilos musicais, o que falta é lugar. O negócio é fazer sua parte e torcer para melhorar... já foi melhor...

HEAVYNROLL – E aproveitando o gancho, após o lançamento deste álbum, quais são as perspectivas da banda EXIT11 em termos de turnês e divulgação?

CAMPAGNOLO - Só Deus sabe! Hahaha – Espero poder levar a EXIT11 para os principais festivais de rock e metal do país e fazer quantos shows a gente puder fazer. Mas não é tão simples quanto parece.

Agora em setembro, no dia 11, vamos gravar o DVD ao vivo, (esse sim, projeto aprovado pelo Financiarte). Com esse material na mão, pretendo batalhar uma turnê pelo Brasil e depois pelo exterior, mas se vai dar certo, só o tempo dirá.

Em termos de divulgação, a internet ajuda muito nessa área, mas eu gosto mesmo e de subir no palco e descer a lenha. Aí é que separam os homens das crianças.

HEAVYNROLL – Muito obrigado pela entrevista Campagnolo, e deixamos este espaço para você mandar alguma mensagem aos seus fãs e amigos. O que iremos encontrar dia 07 de Agosto no Vagão Bar?

CAMPAGNOLO - Espero todos os amigos (tu também, viu DeRos!!) fãs e os inimigos também (tem muitas letras pra vcs nesse cd!!!).

Vocês irão encontrar muito peso, muito rock, minha guitarra de 8 cordas Andrellis Signature V8, meu pedal Hot Tube MG73 e é claro, o novo cd, que custará a bagatela de R$5,00.

Um grande abraço ao pessoal do Heavy n’ Roll Messenger, muito obrigado pela oportunidade de falar sobre este show e sobre meu trabalho... agora pega uma bira e “get ready to rock”!!!!!!

====================================================

Os 10 melhores álbuns, ou que marcaram, Rodrigo Campagnolo:

"Eu diria que são os 10 álbuns que marcaram minha adolescência, quando estava aprendento a tocar."

  • Back in Black – Ac/Dc

  • Kill’Em All - Metallica

  • Peace Sells... But Who’s Buying - Megadeth

  • No Sleep ‘till Hammersmith - Mötorhead

  • The Works - Queen

  • Guitar Shop – Jeff Beck

  • Slip Of The Tonge - Whitesnake

  • No More Tears - Ozzy

  • Rising Force – Yngwie Malmsteen

  • Mother’s Head Family Reunion – Richie Kotzen


As 5 maiores influências como músico:

  • David Lee Roth

  • Zakk Wylde - Black Label Society

  • Gary Moore

  • Joe Satriani

  • Steve Ray Vaughn

====================================================

Links EXIT 11:

MYSPACE

Comunidade no ORKUT




0 Comentários: